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Instituto Jatobás oferece apoio organizacional para o Conexões Musas

Rede de mulheres em prol de mulheres em extrema vulnerabilidade desenvolve planejamento estratégico com apoio da Rede-Comunidade de Inovação Social. 

Como valorizar a potência de mulheres vítimas de violência e em extrema vulnerabilidade social? O projeto Conexões Musas nasceu na Cracolândia, em São Paulo, e propõe um olhar voltado para os talentos que essas mulheres possuem. 

“Não queremos trabalhar só com os problemas que elas têm, mas, antes, juntar pessoas e inspirações para um projeto de inclusão produtiva. Olhar para as mulheres – egressas, em situação de rua, vítimas de violências etc – pelos talentos que têm, não pela vulnerabilidade”, explica Raquel Barros, fundadora da iniciativa.

A proposta é conectar mulheres em situação de vulnerabilidade por meio de processos e projetos que possibilitem e fortaleçam a autonomia e autoestima. Para isso, o Musas oferece uma série de oficinas e workshops de empreendedorismo, artesanato, gastronomia e moda, tais como crochê e costura, com o objetivo de geração de renda e desenvolvimento comunitário. 

“A moda é uma das nossas principais frentes justamente por trabalhar a questão estética e da beleza. No fundo é uma proposta de autocuidado, para que essas mulheres olhem para si, se redesenhem, se valorizem e se reconheçam”, analisa Raquel. 

Saiba mais sobre o Conexão Musas em entrevista realizada pelo SENAC:

A estrutura em rede do Musas se reflete também na gestão organizacional da iniciativa: as responsabilidades são distribuídas de acordo com o talento, de forma horizontal e participativa. Mas como em todo processo coletivo, a criação de uma identidade e posicionamento pode se tornar uma tarefa complexa.

“Começamos a trabalhar em coletivo, mas sentíamos que havia uma grande crise de identidade, além de falta de foco. A Rede-Comunidade de Inovação Social chegou para nos ajudar a enxergar e criar processos para o Musas”, relata Raquel.

Ivani Tristan, líder da Rede-Comunidade, explica que o apoio é, na realidade, um processo de mediação de grupo. “Nós iniciamos o trabalho com algumas perguntas – qual é a causa do conexões musas, quais serviços irão oferecer, quem é o principal beneficiado, quem é o público-alvo, como ampliar o impacto social das ações, como fortalecer a imagem da organização, quem é responsável por cada processo etc – e facilitamos para que elas mesmas encontrem uma resposta em comum e consolidem, assim, uma identidade”.

Ao todo, foram quatro encontros com foco no planejamento estratégico e criação de processos organizacionais e posicionamento. 

“Foram momentos muito legais e colaborativos: tiramos o que cada uma tinha na cabeça e construímos nosso propósito comum. Agora sentimos que estamos numa engrenagem – atuando de forma fluida e otimizada. Mas o mais importante é que hoje conseguimos entender melhor os talentos de cada uma e pudemos nos conhecer melhor”, conta Raquel. 

Além do Conexão Musas, outros grupos apoiados pela Rede-Comunidade, como o Atêlie Cendiras, passarão pelo processo de apoio metodológico para fortalecimento organizacional. Novidades em breve. 😉 

>> Acompanhe o Conexões Musas pelo instagram: @conexaomusas

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