Realizado no dia 29/6, segundo workshop da jornada do #InovaZL2019, realizada em parceria com a Fundação Tide Setubal, foca na capacidade de empatizar e propõe atividades de escuta e entrevistas com público-alvo.
Uma ideia ou uma iniciativa de impacto positivo começa sempre pelas pessoas. Esta é a principal proposta do Design Centrado no Ser Humano, metodologia utilizada pela Rede-Comunidade de Inovação Social: colocar o ser humano no centro das decisões, a partir da escuta, observação e vivência.
Para se entender e resolver um desafio ou problema, é necessário conhecer profundamente o público-alvo, o usuário ou cliente do negócio de impacto social. Quem são essas pessoas? O que elas dizem, pensam, fazem, usam, sabem, sentem, sonham? O segundo workshop do #InovaZL se concentrou em responder essas questões na teoria e na prática, iniciando a fase da pesquisa de empatia.
“Este tipo de abordagem nos possibilita quebrar opiniões formadas, achismos, a ideia do já feito e do já visto. É necessário que nos coloquemos ‘no lugar’ do outro para entender seu comportamento, suas dificuldades e seus desejos. É desta forma que podemos perceber mais sobre a situação na qual vamos intervir, suspender os nossos julgamentos e nos desapegar de nossos pressupostos”, explica Isabel Pato, coordenadora da Rede-Comunidade.
Para isso, os grupos realizaram dinâmicas para treinar a capacidade de escuta e, após, saíram às ruas para praticar tal aprendizado. A proposta foi entrevistar pessoas do bairro para entender quais as suas necessidades, desejos e dores.
“Um dos pontos importantes do workshop é transmitir que a inovação pressupõe reconhecer e tornar presente a diversidade que orbita em torno do problema que os grupos selecionados no edital querem resolver. Existem pessoas, pontos de vista, papeis e perfis diferentes envolvidos no processo de se pensar uma solução. O que tentamos mostrar é quanto maior for a variedade de pessoas relacionadas direta ou indiretamente com a questão, mais rica será a imagem construída sobre o problema e mais efetiva será a solução desenhada”, analisa Ivani Tristan, líder da Rede-Comunidade.
O final do encontro foi reservado para que cada grupo planejasse o mês de trabalho, elaborasse as perguntas para a pesquisa de empatia com o público-alvo e atores relevantes para cada projeto. O próximo workshop está previsto para agosto e iniciará a fase de ideação.
>> Abaixo destacamos uma série de vídeos sobre o processo de empatizar. Confira:
1. O que é empatia?
2. A empatia pode ser desenvolvida?
3. Como aprender a escutar o outro?
4. O que é comunicação não-violenta?
5. Qual a importância da diversidade de pontos de vista?
6. Quem são os outros? O que partilhamos?
7. É possível olhar além das fronteiras?